A escola deve se caracterizar não por ser um centro normativo, mas deve apresentar-se como responsável direta em construir uma nova sociedade longe de preconceitos. A escola como ferramenta fundamental desse processo de renovação proposto pela autora, deve impor-se na busca de novas formas de educar abolindo o sexismo. “[...] a escola não apenas reproduz ou reflete as concepções de gênero e sexualidade que circulam na sociedade, mas que ela própria as produz”(Louro, 1999, p. 84-81)
Dentro de uma sociedade onde homens e mulheres foram educados com uma visão androcêntrica o desafio é manter-se imune a influencia da sociedade, e ao mesmo tempo inserir no contexto didático um ideal onde o feminino e o masculino, sejam explorados pelas crianças de uma forma natural, sem a participação preconceituosa e machista imposta a gerações.
“Se a escola continua usando livros sexistas, dificilmente poderá erradicar o sexismo dela”(Moreno, pág. 75). As modificações estruturais na escola e na sociedade precisam ser delicadas e precisas. A criação de leis, para que não permitam publicações sexistas nos livros didáticos é um passo considerável onde podemos frear o avanço dos estereótipos sexista da sociedade. Contudo para que possamos conseguir uma educação nao-sexista é preciso que a sociedade, a família e a escola, estejam juntas nesse propósito, não podemos mudar o ensino sem mudar a visão da sociedade, homens e mulheres devem ter múltiplas formas de enxergar e de formar opiniões.